quinta-feira, 11 de novembro de 2010

TOD Nova Sigla no nosso vacabulário Perturbação de Oposição e Desafiante

Como se manifesta ?


As crianças com TOD facilmente perdem a paciência, discutem com os adultos, desafiam e recusam obedecer a solicitações ou regras, incomodam deliberadamente dos outros, não assumem os seus erros e estão quase sempre irritadas.
Devido aos sintomas mencionados, existe nestas crianças ou adolescentes, um prejuízo significativo no funcionamento social e académico. Estão constantemente envolvidas em discussões e são muitas vezes rejeitadas pelos colegas de escola, o que lhes traz problemas ao nível auto-estima.
Os sintomas iniciam-se antes dos oito anos de idade e esta perturbação apresenta-se, em número significativo dos casos, como um precursor do Transtorno de Conduta, forma mais grave de perturbação disruptiva do comportamento.
O conhecimento de certas estratégias comportamentais pode ajudar muitos pais a corrigirem hábitos que, de uma maneira ou de outra, acabam por contribuir para o aumento da tensão familiar.
Vamos referir alguns aspectos que devem ser evitados porque estimulam a desobediência.
Dar ordens à distância
Falar de um quarto para o outro (onde está a criança) é algo completamente ineficaz, pois a criança vai manter-se desatenta e sem cumprir a ordem. As ordens têm de ser dadas presencialmente, assegurando-se que ela as compreendeu.
Dar ordens vagas
Pedir à criança que se comporte “como um bom menino” não clarifica o que se espera, e o que não se espera, que ela faça. Há que ser o mais concreto possível!
Dar ordens complexas
Havendo de antemão dificuldade em fixar na memória de curto prazo as actividades a fazer, solicitar a execução de várias tarefas só servirá para tornar sua realização menos provável.
Dar ordens com antecedência
Ordenar a uma criança com TOD, que quando acabar de brincar tem de arrumar os brinquedos, só serve para interromper o prazer que ela está a ter, já que as ordens serão esquecidas
Dar ordens acompanhadas de muitas explicações

Muitos pais, de modo a evitar parecer autoritários, perdem-se em argumentações sobre as necessidades do cumprimento das ordens. Como a criança não consegue estar atenta durante muito tempo, é bastante provável que ao final da explanação do pai ela já não se lembre da maior parte do que foi dito.
Dar ordens sob a forma de pergunta
Perguntar “Podes ir agora fazer os trabalhos de casa ?”, deixa um espaço livre para que a criança diga que não. As ordens devem ser claras e assertivas.
Dar ordens em tom ameaçador
É frequente que, antevendo a batalha que vai ser formada após uma solicitação, os pais dêem a ordem já em tom de ameaça, como se a recusa já tivesse ocorrido. Assim, a criança vai tender a imitar o progenitor e a reagir no mesmo tom, uma vez que o clima de hostilidade já está instalado

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